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ALERTA DE GATILHO: essa reportagem faz menção

a fobias, crises de ansiedade, depressão pós-parto e suicídio.

Não sou capaz…

“Eu costumo falar que fui a grávida mais feia desse Brasil”, comenta a brasiliense Tereza Klavdianos, que tem emetofobia (medo de vomitar). O motivo de definir a própria gravidez dessa maneira é que foi carregando a pequena Lisbela no ventre, durante nove meses, que ela passou por uma das piores fases de sua vida. 

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Grávida aos 18 anos, Tereza aceitou a gestação, mas viveu muitas situações ruins ao mesmo tempo, que acabaram por ampliar os sintomas da fobia. “Normalmente, a grávida fica enjoada durante 4 meses, mas enjoei a gravidez toda; só pra brincar com a minha cara”, lembra, em tom de brincadeira, como se a vida a desafiasse. 

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Com a ânsia constante, Tereza quase não se alimentava por medo de vomitar. Felizmente, a última vez que vomitou foi há 10 anos, mas só a sensação de que poderia acontecer foi - e ainda é - suficiente para tirar sua qualidade de vida.

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“Eu ficava fraca porque não comia direito, era muito magra. Na época, meu cabelo era raspado, então eu fiquei muito estranha. Foi uma fase que queria ter curtido, mas meu psicológico estava horrível”, reconhece. 

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Tereza, Jair e Lisbela dividem o lar e o amor. Foto: arquivo pessoal

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Não consigo ajudar e fico péssima. Trato na terapia pra entender que isso não me define como mãe e que tenho outras potencialidades. Eu sei que não sou uma mãe pior, não sou uma mãe incompleta. Todo mundo tem seus medos e suas limitações; essa é a minha,
relata a jovem de 24 anos.

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“Confesso que já pensei uma vez”, diz a enfermeira Camila Melo sobre suicídio. Suas forças ruíram quando ela perdeu o emprego, estava numa crise com a emetofobia e tinha medo de sair de casa, entre os anos de 2017 e 2019.


Camila se sentia num daqueles momentos da vida em que a gente se pergunta “Por que comigo?” ao ver uma sucessão de coisas ruins acontecendo juntas.

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— Eu me tranquei em casa, não saía pra nada. Nessa época, não procurei nenhum profissional, então não tive diagnóstico preciso de depressão. Mas me sentia muito mal, o sentimento era horrível. Tiveram vezes em que eu tinha relação sexual com o meu namorado e lá, durante o ato, ficava com medo de vomitar, porque balançava demais, sabe? Imagina, até ali namorando eu tinha medo — relembra a profissional de saúde.  

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Com a crise da fobia, Camila quase não comia. O medo era colocar algo na boca, engolir e vomitar. Junto ao físico, que emagreceu drasticamente, ela diz que sentia enjoo psicológico, porque passava horas e horas pensando em vomitar.

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Para sobreviver, já que não se nutria pela alimentação regular, Camila beliscava salgadinhos e comia Big Mac todos os dias - era o que descia pela garganta sem tanto medo. Ela diz que não se orgulha do que fazia para contornar a situação, mas foi assim que conseguiu voltar ao peso mínimo para sua altura (52 quilos, já que tem 1,68 metros de altura).

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— Eu não conseguia fazer nada, nem atravessar a rua pra ir à padaria. Ficou insustentável, porque queria arrumar um emprego, mas não podia ir às entrevistas, porque tinha que pegar um ônibus. Meu namorado queria jantar fora e eu arrumava desculpa pra não ir...vai saber a procedência da comida? Se for pra passar mal, prefiro passar mal aqui em casa — relata Camila, que tem 23 anos. 

O que não esqueço

Talvez você se lembre da roupa que estava vestindo quando deu o primeiro beijo, ou da cor do primeiro carro do seu pai, do cheiro da sua avó. Tereza se lembra de todas as vezes em que vomitou - que não foram muitas, já que é a coisa que ela mais evita -, a roupa que estava usando e quem estava por perto.


— Eu vestia uma roupa da Barbie e um ‘tamanquinho’. Lembro que minha tia me pegou no colo, botou água com adoçante na minha boca e falou que era remédio de enjôo. Em dois minutos, eu tava zerada e brincando de novo — relembra, se referindo ao episódio de quando tinha 4 anos.


Outros detalhes também ficam marcados: “Na casa da minha mãe, eu sabia qual era o quadradinho da cerâmica do piso que tinha caído o meu vômito”, recorda. 

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Já a memória auditiva de Denise guardou episódios com cachorros, que fizeram ela adicionar alguns sons à sua lista de gatilhos da cinofobia (medo de cachorro). Em um deles, ela andava na calçada em direção à sua casa quando escutou o barulho característico de chave, como se alguém atrás dela estivesse mexendo em uma. Naquele segundo, a estudante interpretou o som como sendo o de uma coleira de cachorro e, então, começou a caminhar mais rápido. O coração só desacelerou quando olhou para trás, já longe, e viu que não havia perigo.


Outra vez, Denise associou o som de uma folha seca quebrando - como quando alguém pisa em cima - com o som da pata de um cachorro fazendo o mesmo. “São esses pequenos gatilhos que atrapalham minha qualidade de vida”, aponta a universitária.

O que não faço

Camila Melo não come - em hipótese alguma - coxinha, morango com chocolate e peixe. A seleção é diversa e parece esquisita, mas vem de episódios traumáticos que a enfermeira de 23 anos teve com a emetofobia (medo de vomitar). “Cortei da vida”, afirma ela decidida, e explica que não se incomoda quando alguém come esses alimentos perto dela. A coxinha foi o estopim de tudo:

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Quando eu tinha 5 ou 6 anos, minha mãe trouxe uma coxinha quando chegou do trabalho. Lembro até hoje da forma, da cor e do tamanho: era bem grande, tinha casca grossa e escura. Comi e acordei de madrugada vomitando. Foi surreal, porque eu literalmente ‘lavei’ o quarto que dormia com a minha mãe,
relembra Camila.

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Mais à frente, já com 19 anos, foi ao shopping com a mãe e pediu morango com chocolate para comer em um quiosque. Na primeira colherada, sentiu um gosto estranho e o enjoo entrou em cena; teve que correr para o banheiro.


— Fiquei 20 minutos trancada lá e não aconteceu [de vomitar]. Mas esse dia foi um marco na minha vida, porque comecei a me apegar aos detalhes: comer coisas na rua, sair de casa depois de comer. Ali, minha vida mudou completamente…digo isso com convicção — afirma.

 

Por fim, o peixe entrou na lista de Camila quando uma tia comeu e passou mal na frente dela, quando era criança. 

 

Denise Dias também teve que adaptar algumas situações para evitar crises diante de um cachorro. Ela não pode - e não consegue - sair de seu apartamento, rumo ao portão do prédio, sem telefonar ao porteiro e perguntar se a área 'está limpa'. “Não tenho segurança pra descer sem avisar, sem perguntar se tem algum cachorro lá”, explica a estudante. “Me ajuda muito, porque é um estrago a menos na minha cabeça, né?”, defende.

Em casa de ferreiro...

Numa daquelas ironias da vida, ou para aqueles que acreditam em destino, Guilherme Bueno e Angela Marihá - os profissionais de saúde mental entrevistados pela reportagem - começaram a estudar as fobias por influência - direta ou indireta - do que viveram em suas vidas. Aqui, o ditado popular se inverte: em casa de ferreiro, o espeto é de ferro mesmo. 


Era a sexta série do ensino fundamental. Marihá não passava de 12 anos e estava na sala de aula junto aos seus colegas. O sinal tocou, fim da aula, mudança de sala com a turma. Quando abriram a porta, uma aranha caranguejeira entrou pela sala; a confusão se instalou. Ela lembra que, depois da primeira caranguejeira, encontraram mais. A partir do episódio, Marihá desenvolveu a aracnofobia (fobia de aranhas).


— Numa aula da pós-graduação, a professora perguntou quem tinha medo de aranha. Levantei a mão, porque era eu em pessoa. Ela me deixou 40 minutos olhando para a foto de uma aranha, passando a mão [na tela] como se fizesse carinho. Mas, a partir daquele momento, prometi pra ela que iria me expor todas as vezes em que fosse possível — conta, revivendo a memória.

Hoje, pode-se dizer que a fobia de Marihá está “adormecida”, porque não afeta mais seu dia a dia nem provoca sintomas como antes. A recomendação para uma fobia é de que a pessoa não pare de se expor ao objeto do medo, mesmo que já o tenha superado - como se praticar mantivesse tudo sob controle.


Por isso, Marihá visualiza fotos e vídeos de aranhas todos os dias em seu celular; e, ainda, acompanha perfis no Instagram especializados nos bichos. “Só de olhar, já sei se é venenosa ou não”, brinca. “Minha crença negativa era de que eu não conseguia me proteger frente à aranha; hoje, lido com elas de maneira bem mais adequada”, finaliza a psicóloga.

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Guilherme atende pacientes em Barueri, São Paulo. Foto: http://psiquiatraguilhermebueno.com.br

Já Guilherme sofreu um trauma na adolescência: foi atacado por três cachorros enquanto andava na rua. Depois do episódio, ficou com muitos machucados pelo corpo, alguns sintomas de estresse pós-traumático e uma companheira, a cinofobia (fobia de cachorro). Inconscientemente, ele passou a evitar o contato com cães de todos os tipos, até os mais dóceis: quando via algum em uma calçada, atravessava a rua. 


“Acabei aprendendo que cachorros são perigosos e meu cérebro já não avaliava mais com precisão o tamanho do risco. Eu ficava muito ansioso quando via qualquer tipo de cachorro”, relembra.


Sem conhecer as técnicas de exposição que hoje trabalha com seus pacientes, Guilherme começou a ter pequenos contatos com cães, a começar pelo Dobermann - raça de cachorro - do tio, que virou sua ‘cura’. “Gradativamente, e sem eu saber, a fobia desapareceu”.

Além da maior atenção à saúde mental, a pandemia também deixou os sintomas das fobias à flor da pele. Tereza foi infectada pela Covid em abril deste ano e, para ela, todo o período foi muito difícil: além de ter contraído o vírus, ela perdeu três membros da família para a doença.

 

Mas viver a chamada síndrome pós-covid foi ainda pior: além da ansiedade por tudo o que passava, Tereza teve sequelas gastrointestinais, que resultaram na sensação de enjoo constante.


“Precisei voltar a tomar medicação [para depressão e ansiedade], porque a náusea é o que mais tenho medo e eu não tava comendo. Enquanto eu estiver com essa sequela, vou continuar tomando [medicação]”, explica a jovem, que vive com emetofobia (medo de vomitar).


“Antes da pandemia, eu tava no ápice da saúde mental; depois, quem não ficou lascado, né?”, reflete Tereza.


Para João Paes, o encontro com objetos grandes - temidos para quem tem megalofobia - quase não aconteceu, já que não saía de casa. Assim, as crises e desconfortos diminuíram. Contudo, ele não esperava que reportagens de televisão pudessem despertar o mesmo sentimento.


Em março de 2021, o Canal de Suez, no Egito, tomou conta dos veículos jornalísticos. Acontece que um navio cargueiro encalhou no Canal, que é a principal rota marítima entre Ásia e Europa, e lá ficou por quase uma semana, atrasando rotas de várias partes do mundo. 


— Toda notícia que passava eu mudava de canal, porque sempre mostrava o navio parado e uma retroescavadeira. Perto do canal, ela era super minúscula. Eu só pensava “Meu deus isso é do tamanho de uma cidade” — diz João, com os olhos arregalados.

 

O desconforto sentido pelo produtor audiovisual - ao ver as imagens - se deve à sensação de escala, que é percebida com mais atenção por quem tem megalofobia. 

Pandemia

A quarentena e o desgaste emocional fizeram aumentar a procura por atendimento psicológico. O médico psiquiatra Guilherme Bueno viu a demanda crescer bastante na clínica em que atende, no município de Barueri, em São Paulo. 


Segundo ele, disparou também a procura de tratamento para a fobia de agulha: isso porque a vacinação contra a Covid-19 avançou e, de repente, o medo antes guardado voltou à tona. 

 

“Tenho pacientes que ficaram mais de uma década sem colher exame de sangue por causa da fobia de agulha”, conta Guilherme, que diz ter visto mais homens buscando ajuda para esse tipo de fobia nos últimos meses. Para ele, a procura de ajuda tardia dos homens tem raízes históricas.

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Homens têm muita vergonha porque ainda se associa transtorno mental à fraqueza. Um conceito machista bem problemático de que homem não pode reconhecer que tem fragilidades. Por isso, [eles] retardam muito não só a busca, mas o reconhecimento da fobia,
avalia o especialista em terapia cognitivo-comportamental.

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Ei, tem alguém aí?

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CRÔNICA

No dia 9 de agosto de 2021, descobri que o Facebook também tinha grupos para pessoas com fobias. O primeiro resultado da minha pesquisa foi o grupo “Apoio EMETOFOBIA e outras fobias”; imediatamente já pedi para entrar.

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Preenchi uma ficha básica, que perguntava se eu tinha uma fobia e se concordava com os termos de boa conduta do grupo - hoje, essas perguntas mudaram. Havia também um campo para escrever o que eu quisesse: expliquei que era estudante de jornalismo e estava em busca de personagens para o meu projeto da faculdade; fiz questão de deixar claro que meu objetivo não era contar minha história com uma fobia, mas ser uma observadora. Mais tarde, descobri que quase não fui aceita. Retomando: observar foi exatamente o que fiz durante 113 dias. 

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Até o fechamento desta reportagem, o grupo de apoio tinha 935 membros. Na falta de apoio dos familiares e amigos, essas pessoas buscam algum suporte nas redes sociais. Todos os dias, várias mensagens são postadas no mural: pedidos de ajuda, relatos de crise, experiências de vida, reclamações, recomendações...de tudo um pouco.

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Adquiri o hábito de ler as publicações, geralmente em texto, e logo depois checar os comentários. Quase sempre eram desabafos e manifestações de apoio. Acho que nem de perto consegui sentir o que essas pessoas vivem todos os dias com a emetofobia (medo de vomitar). 

 

Enquanto escrevo este texto, o aplicativo que o está hospedando não para de me sugerir para corrigir a palavra “emetofobia”. Coloca um sublinhado embaixo e diz que está errado. Errado pra quem? Esse projeto é que está me fazendo enxergar muitas coisas erradas. Enfim, voltando ao raciocínio…

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O único post que fiz no grupo foi para pedir o contato da administradora, também conhecida como “adm”, a figura responsável por gerenciar a comunidade. Descobri que era a Camila, que inclusive chegou a me responder na própria publicação. Mais tarde, quis saber mais sobre os bastidores da tal comunidade.

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Além da Camila, conheci a Tereza graças ao grupo: ela divulgava uma live que faria em seu instagram - com uma amiga - para falar sobre a fobia, e aproveitava para convidar os membros a assistir. Lembro que em um segundo estava lendo o post no mural e em outro correndo para a outra rede social, porque já era a hora da live. 

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Publicação feita no grupo em 19 de agosto de 2021.

Arte: Tereza Klavdianos

Camila Melo descobriu a existência do “Apoio EMETOFOBIA e outras fobias” em 2017, durante suas pesquisas sobre o que sentia. Entrou no grupo, contou sua história e logo foi acolhida. “Me identifico com quase todo mundo; o grupo é um refúgio”, afirma a enfermeira, que faz pós-graduação em Psiquiatria e Saúde Mental.

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Ela explica que o grupo foi criado no final de 2015, por uma outra pessoa, com o objetivo de estabelecer um lugar de apoio e conversa para todas as fobias; sem querer, ao longo desses seis anos, acabou concentrando mais membros que vivem com emetofobia (medo de vomitar).

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Publicação que está fixada no grupo do Facebook

Foi raro encontrar pessoas falando de outras fobias - que não essa -, mas durante minha experiência no grupo pude ler citações sobre a farmacofobia (medo de tomar remédios) e nomofobia (medo de ficar sem o celular).


Ao ler os relatos no mural, percebi uma das “regras” mais levadas a sério no grupo: os membros evitam usar as palavras “vômito” e “vomitar”, porque a simples menção de algo relacionado é um gatilho - estímulo que traz comportamentos e sensações - da fobia para muitas pessoas.


“Quando a pessoa tem uma fobia, tudo pode ser gatilho. Pode ouvir alguém falar sobre o assunto e incomodar, pode começar a pensar do nada pensar naquilo, pode ver uma foto”, exemplifica a psicóloga Angela Marihá.

 

Para substituir os termos - e ainda assim conseguir dizer o que precisam -, os emetofóbicos usam a letra “v” com um asterisco ou simplesmente dizem “tive medo de acontecer”. 

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Arte: Larissa Lopes

A quem acredita em destino, pode-se dizer que Camila Melo virou 'adm' do grupo “Apoio EMETOFOBIA e outras fobias” porque tinha que ser. Em meados de fevereiro de 2020, a enfermeira entrou na página da comunidade virtual e recebeu uma notificação: segundo o Facebook, a antiga administradora tinha desativado o perfil pessoal e o grupo estava sem um gerenciador; com isso, seria excluído da rede. Foi aí que ela clicou no botão “tornar-se administrador” e assumiu a missão.


— Fiz um comunicado pra todos os membros: “Gente, recebi um aviso que o grupo seria excluído, então estou como adm, alguém se opõe?”. Como ninguém se opôs, eu fiquei — confessa Camila, que conta com quatro moderadores para ajudar no gerenciamento.

O QUE DIZ A ADM?

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Qual o tipo de publicação mais

frequente no grupo?

Quando alguém está em crise, posta lá que está em crise. E aí a gente [os membros] tenta acalmar a pessoa nessa situação...

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Acompanhei algumas publicações quase em tempo real e vi que, às vezes, um membro consegue responder bem rápido o pedido de ajuda de alguém. E quando isso não acontece?

A gente costuma perguntar se passou, se tá tudo bem, se a pessoa quer conversar...

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A gente costuma perguntar se passou, se tá tudo bem, se a pessoa quer conversar...

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O grupo mais ajuda ou atrapalha?

Acho que tem um meio-termo. O grupo pode ajudar, mas também pode atrapalhar. Na época em que fiquei muito mal por causa da fobia, de 2017 a 2019, tinham dias que eu ficava super bem e nem lembrava [da fobia], então até evitava abrir o grupo. Mas em dias que eu estava super mal, passava o dia inteiro sem comer por medo, ou porque já acordava enjoada, olhava o grupo pra entender que não estava sozinha. Eu realmente acredito que quando você está numa fase boa, não faz bem você ficar naquele ambiente olhando as postagens.

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Você apoia a existência desses grupos? Acredita que podem ajudar mais pessoas?

Podem ajudar sim, eu acho ótimo inclusive. Mas acredito que a pessoa tem que procurar ajuda profissional, com um psicólogo ou psiquiatra. Uma coisa não exclui a outra!

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